Segundo a legislação, “o transporte de animais deve ser efectuado em veículos e contentores apropriados à espécie e ao número de animais a transportar, tendo em conta o espaço, a ventilação, a temperatura, a segurança e o fornecimento de água de forma a salvaguardar a proteção dos mesmos e a segurança de pessoas e outros animais”. Não estão, portanto, especificadas na lei as condições exatas em que deve ser feito o transporte, cabendo ao proprietário decidir como transportar o animal da maneira mais conveniente, desde que este não afecte a condução.
No entanto, o animal não pode andar à solta pelo carro. Caso seja mandado parar pela polícia ou outra força de segurança e o seu cão andar livremente no carro poderá ter uma multa de 60€ a 600€. Animais à solta dentro do carro, ao colo dos seus donos ou à janela do automóvel representam um perigo para o condutor, para os passageiros e até para eles próprios, pois poderão ser projetados contra o para-brisas ou ainda para fora do carro,
numa travagem de emergência. Sendo assim, é necessário assegurar que eles ficam presos e seguros, sem hipótese de se soltarem dentro do carro.

E para que a viagem seja feita em segurança, existem três formas muito populares de se fazer o transporte de animais em automóveis, sendo que umas oferecem mais proteção e outras uma maior liberdade de movimentos para o animal, cabendo ao dono a escolha da mais adequada.

1. Caixa transportadora
Esta é a forma mais estável de transportar um animal pois evita que ele consiga deslocar-se dentro do carro ou que tenha algum comportamento imprevisível que possa distrair o condutor, ao mesmo tempo que oferece mais uma camada de proteção em caso de acidente. Existem transportadoras de vários tamanhos e adaptadas a diferentes animais, sendo as mais comuns destinadas a cães, gatos e roedores. As transportadoras podem ser colocadas no chão do carro, mas por uma questão de maior segurança e para reduzir o risco de andarem à solta durante a viagem, o ideal é que a caixa transportadora seja presa ao veículo, através do cinto de segurança (no caso da caixa estar nos bancos, preferencialmente traseiros) ou de cintas ou outro tipo de fixação (no caso da caixa ser transportada na bagageira).

2. Cinto de segurança
Esta é uma solução especificamente indicada para os cães e funciona como uma trela reforçada que faz a ligação entre o peitoral ou a coleira e o local onde se insere o cinto de segurança.
Em caso de acidente, a fixação na zona do peitoral do animal é mais segura, pois evita o estrangulamento.

3. Grades de segurança
Outra solução para cães, preferencialmente os de grande porte, são as grades/redes de segurança que dividem o interior do carro, mantendo o cão na bagageira e impedindo
que ele seja projetado para a frente. Isto dá aos animais um pouco mais de espaço para se mexerem, mas oferece menos proteção do que as outras duas alternativas.

No caso de se optar pelo cinto ou pela grade de segurança, aconselha-se o uso de coberturas, as quais protegem os bancos e a bagageira não apenas do pelo e da sujidade, como também da humidade. Além disso, fornecem um conforto e segurança adicional ao animal, algumas impedindo ainda que o cão salte para fora quando
a porta do carro estiver aberta.